CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES ENTRA EM DEBATE NA SEAERJ
Na terça-feira (03), a SEAERJ recebeu o engenheiro industrial, Marcelo Ambrosio que falou sobre as soluções e aplicações dos modelos de Smart Cities ou Cidades Inteligentes, dentro da programação do ciclo de palestras realizado no auditório da entidade.
Em sua apresentação, o engenheiro explicou que o conceito de cidades inteligentes constitui uma interrelação de iniciativas que com a elaboração e aplicação de tecnologias nas áreas de governança e planejamento integrado, saneamento e tratamento de resíduos, segurança pública e defesa civil e mobilidade urbana e interurbana proporcionam uma melhor qualidade de vida aos habitantes das metrópoles, além de promover medidas para o desenvolvimento sustentável dos centros urbanos. Segundo ele, apesar da complexidade dos projetos, o Brasil possui tecnologias disponíveis e acessíveis aos municípios para fazer com que esse conceito dê certo no país.
Segundo ele, apesar da complexidade dos projetos, o Brasil possui tecnologias disponíveis e acessíveis aos municípios para fazer com que esse conceito dê certo no país.
Pelo gerenciamento de dados públicos e privados, levantamento econômico, estudos georeferenciados, análise de adensamento versus dispersão e eficácia na administração são estabelecidos as diretrizes para o desenvolvimento urbano e ambiental, a roposição e coordenação de uma política de desenvolvimento integrado a longo prazo entre os municípios brasileiros; o planejamento, monitoramento e ordenamento do uso e ocupação do solo; a produção e atualização do desenvolvimento social, econômico, urbano e ambiental das cidades e a implantação de operações urbanas consorciadas que norteiam o sistema de governança sugerido pelo conceito de smart cities.
Salientando ainda que a ideia de cidades inteligentes sugere o uso racional dos recursos naturais, o palestrante deu exemplo do que está acontecendo no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio que, por meio de uma gestão cadastral integrada, monitoramento e manutenção de sua rede de distribuição de águas e melhora no processo de tratamento de esgoto, conseguiu economizar 40% no desperdício de água antes registrado na cidade.
Quanto ao monitoramento e ações integradas, Marcelo listou os centros de operações integradas existentes no Grande Rio e ressaltou a importância da integração das forças policiais com a Guarda Municipal, Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para a supervisão ativa e monitoramento de áreas de risco ambiental nessas cidades.
Ambrosio falou também sobre a necessidade de se repensar a cultura individual e os modelos de urbanização nas cidades fluminenses.
Segundo ele, é preciso fazer uma avaliação de deslocamentos não monitorados (moradia – emprego – educação – comércio), transportes de massa troncal, coletivo alimentador, de bens e mercadorias, transporte solidário e individual para reduzir o tempo que as pessoas levam se deslocando no trânsito, conciliando estes com a integração entre os modais, a segurança e o conforto no transporte público para que se ajustem aos desafios geográficos do estado.
Veja apresentação exibida na palestra