Marcelo Freixo diz que eleição definirá a cidade que eleitor quer para viver
Em prosseguimento aos encontros que a SEAERJ vem realizando para conhecer as propostas dos candidatos a Prefeito do Rio nas próximas eleições, no dia 5 deste mês, foi a vez de Marcelo Freixo do PSOL. Recebido pelo presidente da entidade, Nilo Ovídio, Freixo disse que esta eleição será histórica, “pois diante do momento político, a participação do eleitorado e suas escolhas marcarão o fim de um ciclo para início de outro”.
O candidato do PSOL teceu críticas severas à atual administração municipal, em especial, à opção pelas parcerias público-privadas. “Quem administra hoje o Rio são os grupos empresariais, que decidem pelo cidadão. Nesta eleição, o eleitor vai definir o modelo de cidade que quer construir”, afirmou, dando como exemplo a reconstrução da zona portuária, “hoje esta região e a decisão de tudo o que se planejou e se planeja para lá estão nas mãos de um consórcio privado”.
Marcelo Freixo disse que entre suas propostas de governo está a criação de Conselhos de Moradores, implantação de planos de Carreira, Cargos e Salários nas diversas esferas da administração municipal e criação também da Secretaria de Planejamento.
“Não temos hoje no Município planejamento para a construção de uma cidade que contemple a necessidade de seus moradores como um todo. Existe um Rio antes do Rebouças e outro após o tú- nel. A expectativa de vida na Gávea, por exemplo, é de 82 anos enquanto em Irajá é de 68 anos! O IDH da Gávea é comparado ao da Noruega e na Rocinha este índice é similar ao de Botswana. Esta desigualdade é revoltante!” afirmou Freixo.
Ele criticou, ainda, a terceirização da mão de obra municipal, “nas OS o número de comissionados é três vezes mais que o quadro de servidores”, e reforçou sua crítica quanto às parcerias do Município com a iniciativa privada. “A péssima gestão desses contratos impacta na administração e isso se reflete, inclusive, como vocês questionam, no Fundo de Previdência municipal que está em situação crítica, devido a evasão e a não arrecadação de recursos”, afirmou, respondendo aos questionamentos do público presente.