Marcelo Crivella quer ouvir Engenheiros e Arquitetos do Município na elaboração dos projetos da prefeitura
O candidato a Prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), prometeu, na terça-feira, dia 20, durante visita à SEAERJ, ouvir os engenheiros e arquitetos no momento da elaboração dos projetos para obras públicas caso seja eleito. Ele defende uma gestão integrada do seu governo com as prefeituras dos municípios da Região Metropolitana e com o Governo do Estado. No prosseguimento da série de encontros promovidos pela SEAERJ com os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, Crivella foi recebido pelo presidente da entidade, Nilo Ovídio.
“A prefeitura tem cerca de 1.500 engenheiros, arquitetos, urbanistas e geólogos dos quais 60% são associados à SEAERJ. Quando eu for conversar com meus colegas prefeitos da região metropolitana e com o governador do Estado, espero receber de vocês da SEAERJ todos os argumentos reunidos a partir da maturidade, experiência e, sobretudo, do sofrimento. Só com esses bons argumentos vamos conseguir melhorar a gestão. E, principalmente, todos vacinados contra a ambição desmedida e insaciável dos empreiteiros. Não sou contra a participação das empresas, uma vez elaborados os projetos e as condições de fiscalização, mas passando por aqui, resolvida e assinada aqui, e não vinda de lá para cá, sem ouvir os profissionais de carreira da Prefeitura”, prometeu.
Falando para os associados da SEAERJ, Crivella defendeu que os engenheiros e médicos também sejam enquadrados na carreira de Estado. “Uma população precisa ter os vocacionados do setor público, as pessoas de carreira. Por isso, nesse momento, precisamos de uma carreira do Estado, não só da engenharia, mas também da medicina. Hoje só temos a carreira de Estado do Exercito, Marinha, Aeronáutica, corpo diplomático, fiscais e a Justiça. Não podemos continuar com a política onde a iniciativa privada é a responsável por fazer, executar e fiscalizar o projeto das obras públicas”, defendeu o candidato Marcelo Crivella, do PRB.
Ele também defendeu a criação de uma empresa do Município para substituir os serviços prestados pela Cedae, caso o governo do Estado decida privatizar a empresa. “Se tivéssemos a CMAE, Companhia Municipal de Água e Esgoto, talvez não tivéssemos tantos valões nas comunidades. Eu não sou a favor da privatização da Cedae, mas se for uma decisão definitiva do Governo do Estado, o município do Rio de Janeiro tem que ter voz, por ser o poder concedente para o tratamento do esgoto e para o fornecimento da água”, argumentou.
Respondendo às perguntas dos associados da SEAERJ que compareceram ao encontro para ouvir as propostas do candidato, Crivella criticou a atual gestão da Prefeitura por ter alterado o sistema de crédito aos funcionário oferecido pela Previ-Rio.”As cartas de crédito eram muito bem boladas, porque o crédito de habitação é caríssimo. Os nossos funcionários acabam contratando o Sistema Nacional de Habitação e pagam os juros altos dos bancos privados, mas os juros não ficam para nós. Por que o Município não continuou com o sistema daquela carta de crédito onde, quando o funcionário ia comprar o imóvel, pagava juros de mercado, os quais eram destinados ao fundo dos funcionários, a Previ-Rio”?, questionou. Crivella prometeu, ainda, que, caso eleito, seu Secretário de Obras será um engenheiro e associado da SEAERJ sem, porém, declinar seu nome.