Arquiteto fala do estado de Conservação dos Patrimônios Culturais do Rio de Janeiro
Em palestra realizada na SEAERJ, na quarta-feira (26/10), o arquiteto Olínio Coelho falou sobre o estado físico e as estruturas sociais dos patrimônios culturais que compõem a paisagem do Rio de Janeiro desde o Período Imperial, abordando as legislações federais, estaduais e municipais. Durante o evento, o arquiteto ainda discutiu o estado de conservação desses bens culturais. O evento foi mediado pelo presidente do Centro Cultural da SEAERJ, José Yochimy Arakaki.
O palestrante reservou uma parte da sua apresentação para elucidar o interesse do Estado em preservar os patrimônios culturais do Estado do Rio de Janeiro a partir das primeiras iniciativas que ocorreram no Período da Regência. A Decisão 345 do Império, de 28 de junho de 1833, que ordenava a preservação do Pelourinho existente na cidade de Cabo Frio, marca o início das legislações de proteção cultural.
Ele abordou basicamente todas as categorias de preservações de bens culturais em áreas de indivíduos e conjuntos arquitetônicos, preservação ambiental, bens naturais isolados, sítios naturais, acervos, coleções e bens móveis e materiais.
Segundo o arquiteto, apesar da legislação brasileira ser uma das melhores no mundo em preservação cultural, é lamentável que tenha se perdido muitas construções no século XX. “O Convento da Ajuda foi demolido, em 1910, para a construção da Cinelândia. O chafariz das Saracuras está hoje na Praça General Osório, em Ipanema”, exemplificou.
Olínio Coelho, 81, é docente na UFRJ em patrimônio cultural, tem vasta experiência em conservação e restauração de bens culturais e muitas publicações de artigos em revistas e livros do segmento.