Década 1975-2015, Menor tempo em viagens nos BRTs
Artigo retirado da revista SEAERJ Hoje, nº 25 (julho de 2015), páginas 22 e 23.
Projetado desde 1975, o Túnel da Grota Funda saiu do papel para permitir a passagem dos ônibus articulados de alta capacidade de transporte de massa do BRT TransOeste – sigla em inglês de Bus Rapid Trafic,- que completa um ano em operação transportando até 150 mil passageiros/dia.
Com o TransOeste, o Gerente de Obras Especiais, da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura (SMO), Engº Eduardo Fagundes inscrito na SEAERJ como sócio, ressalta que o sistema proporciona maior mobilidade à Zona Oeste da cidade, até porque pelo Túnel da Grota Funda (1,1 km) – o primeiro da Zona Oeste -, trafegam outros veículos, além dos ônibus articulados, desse BRT, num percurso de 56 km, do Terminal Alvorada (Barra) até Santa Cruz e Campo Grande.
Com o trecho do Lote 4 em construção até ao Jardim Oceânico (Barra), o TransOeste totalizará 60 km de extensão. Os 230 mil passageiros/dia a serem transportados farão o percurso – Santa Cruz, Paciência, Campo Grande, Barra e Jardim Oceânico -, em tempo reduzido de até uma hora e meia (50%) no horário do pico, calcula o Gerente de Obras de Vias Especiais da SMO.
O TransCarioca – outro BRT também em opera- ção numa extensão de 39 km -, destaca-se por constituir a primeira ligação transversal da cidade, enquanto trens, metrô e o próprio TransOeste seguem sentido radial, enfatiza Eduardo Fagundes, Engenheiro Civil, com Mestrado em Materiais de Construção e Doutorado em Gestão de Construção Civil.
Para quem passa pela Avenida Brasil constata trecho da TransCarioca que atravessa essa via em arco estaiado com 150 m de vão livre e a uma altura de 16,5 m contados desde o solo. Porém, do solo até a parte mais alta do arco são 50 metros.
Para o Gerente da 5ª Gerência de Obras Especiais da SMO, que engloba além dos BRTs as grandes vias da cidade – Avenida Brasil, Linhas Amarela e Vermelha , “o TransCarioca foi uma obra das mais difíceis de execução”.
E explica: Esse BRT incorpora vias já existentes, em geral as mais carregadas de tráfego dos bairros que atravessa, onde mais uma faixa por sentido foi construída para possibilitar a instalação da estação. Por isso – frisa -, muitas desapropriações e remanejamentos de dispositivos de concessionárias – Light, OI, Telemar, CEG e Cedae -, foram necessários, nos 39 km desse sistema ligando a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador.
O TransCarioca beneficia 27 bairros: Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Curicica, Cidade de Deus, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Cascadura, Engenheiro Leal, Turiaçu, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Irajá, Vila da Penha, Vila Kosmos, Bras de Pina, Penha Circular, Penha, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Complexo do Alemão, Maré, Fundão e Galeão.
Juntos, os quatro BRTs – dois em operação e dois em execução -, podem transportar até 1,440 milhão de passageiros/dia, num percurso de 150 km, mostram dados da SMO: TransOeste – 230 mil (56 km); TransCarioca – 320 mil (39 km); TransOlímpica – 70 mil (25 km); TransBrasil – 820 mil (28 km).
Estão em construção: TransOlímpica, nos trechos Recreio dos Bandeirantes-Curicica; Curicica-Magalhães Bastos; Magalhães Bastos-Deodoro, com previsão de término no primeiro semestre de 2016. O TransBrasil realiza obras em dois lotes, com previsão de conclusão em 2017: de Deodoro à Rodoviária (Terminal Américo Fontenelle), este a cargo da SMO com 23 km; e da Rodoviária à Presidente Vargas (7 km) de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp).