Engenheiros Apresentam Propostas de Mobilidade Urbana aos Integrantes da Câmara Metropolitana
A Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ) abriu seu auditório em 1° de dezembro para a apresentação de dois projetos de mobilidade urbana a membros da Câmara Metropolitana. Na ocasião os engenheiros Francisco Filard e Antônio Pastori apresentaram possíveis soluções para melhorar as condições da mobilidade na Capital e seus acessos.
A proposta apresentada pelo conselheiro da SEAERJ, Francisco Filardi, sugere soluções para desafogar o tráfego nos principais pontos críticos das zonas Norte e Portuária do Rio, enquanto Antônio Pastori defendeu a expansão da malha ferroviária pelos ‘Caminhos do Imperador’ com integração à Linha 3 do Metrô como forma de melhorar a ligação Niterói – Rio de Janeiro.
Francisco Filardi iniciou sua palestra fazendo um panorama da sua experiência nos últimos 50 anos em obras públicas emblemáticas entre elas a Linha Amarela. Uma de suas propostas para desafogar o tráfego na região do Gasômetro é a ligação sem sinais entre a Linha Vermelha e o bairro das Laranjeiras. Já para desafogar a Ponte Rio-Niterói ele defende a construção de uma outra ponte, desta vez, rodoferroviária saindo da Ilha do Fundão como um prolongamento da Linha Amarela indo até a Rodovia Niterói-Manilha.
Já Antônio Pastori defende a implementação de quatro projetos de expansão da malha ferroviária usando o traçado dos Caminhos do Imperador. Com custo orçado em 450 milhões de reais está via beneficiaria cerca de 30 mil pessoas por dia.
Dois terços das viagens na Região Metropolitana do Rio de Janeiro são motorizadas das quais apenas 5,4% sobre trilhos, segundo estudos do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), de 2013. A frota de veículos do Rio de Janeiro é de quase 3 milhões, incluindo motos, caminhões, ônibus e automóveis. De acordo com dados da Firjan de 2012, o tempo médio do deslocamento casa-trabalho-casa, conhecido como Produção Sacrificada, chega a 141 minutos, prejudicando milhares de trabalhadores na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Pastori defende que a melhoria da mobilidade urbana na RMRJ, impactara positivamente em novas oportunidades para o Turismo, Ecoturismo, Hotelaria e Gastronomia da região, além de reduzir a produção sacrificada no dia a dia da população trabalhadora.