Secretário de Ordem Pública participa de encontro sobre segurança na SEAERJ
O secretário municipal de Ordem Pública, Cel. Paulo Amendola, há três meses à frente da SEOP, esteve na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos (Seaerj) para debater os problemas da Segurança Pública no município do Rio de Janeiro. O debate aconteceu no último dia 11, contando também com a presença do ex-comandante geral da PM, coronel Ubiratan Ângelo e do presidente da Seaerj, Nilo Ovídio, os quais compuseram a mesa.
Entre os presentes estavam diversos presidentes de associações de moradores como Regina Chiaradia (AMAB), Luis Carlos Santos (AMAHU), Jorge Mendes (AMA-Glória), Déia Maria de Faro (VivaLeme), Celinéia Ferreira (AMOUR), Leandro Alecrim (FLAMA), Augusto Boisson (SAL), Horá- rio Magalhães (CCSCL).
O secretário Amendola, entre outros pontos, defendeu a instrumentalização da Guarda Municipal para exercer suas atividades nas ruas com a liberação de uso de equipamentos nãoletais, como a pistola elétrica, gás de pimenta e munição de borracha, o que hoje, em função de determinação da Justiça não é permitido. Ele defendeu também o uso de arma de fogo pelos guardas municipais.
Ele acredita que com uma arma na mão, o guarda municipal, bem treinado, teria condições de atuar contra qualquer tipo de violência ou ação criminosa praticada contra o cidadão.
— A violência e a criminalidade estão na cidade dia e noite em qualquer ponto e, o cidadão pode hoje buscar socorro com um guarda municipal e este, por estar desarmado, não ter condições de socorrê-lo, defendeu.
Segundo o secretário, as pesquisas do Instituto de Segurança Pública (ISP), demonstram que a taxa criminal não baixa, apesar das taxas de produtividade das forças de segurança aumentam todos os meses.
De acordo com o ISP, a quantidade de fuzis apreendidos, no período de 2016 e 2017, aumentou quase 85%, enquanto a apreensão de pistolas e revólveres, no mesmo período, diminuiu 4% e 15% respectivamente, informou Amendola para ilustrar o agravamento do quadro a ser enfrentado.
Ele disse que a GM conta hoje com apenas 7,5 mil homens para exercer atividades de fiscalização nas ruas, o que é pouco, pois este efetivo deveria ter condições de ajudar as outras esferas da Segurança Pública.
Um dos principais problemas no município apontado pelos presentes é a perturbação do sossego, que responde por cerca de 18% das ligações ao serviço 190, com uma média de 233 chamados por dia.
— Nestes casos, o Município vai fiscalizar com rigor, aplicando multa ao infrator, podendo chegar à cassação do alvará em caso de reincidentes. Estas medidas são de competência da administração municipal e não correm o risco de qualquer embargo pela Justiça, informou durante o debate, o coronel Ubiratan.
Corroborando com a informação, Cel Amendola disse que há a necessidade de se assegurar o sossego público e, para tanto, operações já estão programadas para por fim na “desordem”, num primeiro momento, na Praça São Salvador (Flamengo).
Gabinete de Gestão Integrada
Após a fala do secretário da SEOP, o comissário de Polícia Civil, Marcos Bandeira, falou sobre o funcionamento do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, “um espaço de interlocução permanente entre as instituições do sistema de justiça criminal e as instâncias promotoras de segurança pública no âmbito local, visando à redução da violência e da criminalidade no município.
O comissário explicou que a estrutura do GGIM é composta por representantes de órgãos municipais, estaduais e federais das áreas de segurança pública, da justiça criminal e social. O GGIM terá encontros mensais para discutir os problemas de segurança, podendo ocorrer reuniões extraordinárias. Também está sendo criado o Observatório de Segurança Pública que armazenará, de forma integrada, os dados das forças de segurança, georreferenciamento e rastreamento de veículos por videomonitoramento.
Apresentação
Apresentação não disponibilizada pelo autor.