
Câmara Metropolitana de Integração Governamental do Rio De Janeiro e o IPEA assinaram Protocolo de Intenções
Em cerimônia realizada no auditório da SEAERJ na manhã de terça-feira, dia 29, a Câmara Metropolitana de Integração Governamental do Rio de Janeiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) assinaram protocolo de intenções com o objetivo de firmar parcerias para o desenvolvimento de ações conjuntas para realização de estudos e pesquisas de interesse mútuo, visando ao monitoramento da expansão urbana e os impactos da dinâmica do uso e ocupação do solo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
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Trata-se de um convênio abrangente, mas sem abandonar sua linha de trabalho, para que a gente possa ir definindo os interesses comuns e também inserindo os interesses das prefeituras. A Câmara vai buscar as demandas junto à prefeitura para
que possamos desenvolver esses trabalhos em conjunto -, explicou Carmen Lúcia, coordenadora de Cartografia e Informação da Câmara Metropolitana.
O diretor do IPEA, Alexandre Ywata, considerou que a parceria com a Câmara Metropolitana vai representar a oportunidade de troca de experiências em relação aos projetos desenvolvidos pelo instituto e os municípios. Para ele, a participação das instituições é uma das saídas para a crise enfrentada pelo País e, em particular, pelo Estado do Rio.
O país passa por um período extremamente difícil e essas colaborações institucionais são fundamentais para que possamos conseguir atravessar esse período de crise. Desenvolvemos várias pesquisas em torno dos municípios que compõem a Câmara
Metropolitana. Essa parceria também traz ganhos para o Ipea, pois teremos acesso a dados mais locais, como a questão da situação fundiária, que hoje a gente não tem – disse Ywata.
A mesa da cerimônia foi composta pelo engenheiro Haroldo Mattos de Lemos, presidente da SEAERJ, Vicente Loureiro, diretor executivo da Câmara Metropolitana, Alexandre Ywata, diretor do Ipea, Carmem Lúcia Petraglia, coordenadora da Câmara Metropolitana e Raphael Albergarias, assessor chefe da presidência da FAPERJ.
O diretor executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, ressaltou a importância da participação de todos para o desenvolvimento dos municípios e do Estado. Ele lembrou a crise financeira pela qual passa o Estado do Rio, mas considera que isso não deve interferir nas ações a serem propostas.
Não há verbas para grandes obras. Por isso, precisamos começar a aprender que não é só nas grandes obras que se encontram as saídas para o desenvolvimento. O Estado hoje não tem capacidade de endividamento, assim como os municípios também não. Vamos construir um portifólio de projetos ainda neste ano, que sirva de piloto para que as ações sejam implementadas nos outros municípios – frisou.
Após a assinatura do convênio, o assessor da FAPERJ, Raphael Albergarias, apresentou o Programa Sobre Cidades Inteligentes, desenvolvido pela Fundação em parceria com a Câmara Metropolina e a Fundação Getúlio Vargas. O programa tem o objetivo de propor ações que gerem condições para o desenvolvimento econômico e social, além de buscar melhorar os índices de desenvolvimento humano nas cidades.
De imediato, podemos discutir aplicações que são possíveis de ser implantadas como a Saúde Inteligente, procurando reduzir as filas e maximizar os atendimentos; ou a Educação Inteligente, buscando trabalhar melhor o perfil do aluno e a melhoria
do aprendizado. Podemos também priorizar ações voltadas para a sustentabilidade, como o reuso de água, assim como a aplicação de geração de energia com resíduos sólidos urbanos para atender pequenas comunidades, escolas e hospitais. Isso geraria a redução da necessidade de aterros sanitários -, destacou Raphael em sua apresentação.
No encerramento das atividades, o presidente da SEAERJ, Haroldo Mattos de Lemos, considerou fundamental a participação da sociedade civil e das ONGs, ressaltando que cada um deve assumir o seu papel.
É de fundamental importância que nós, enquanto sociedade, participemos mais ativamente como forma de buscar soluções para o desenvolvimento do Estado e do país. A sociedade civil e a as ONGs têm muito a ver com essa história. Isso não é só
responsabilidade do governo. Temos que ser um pouco mais cuidadosos quando formos eleger nossos representantes. Vamos transformar essa crise em oportunidades, cobrando do governo, mas apresentando sugestões com críticas construtivas – alertou. Haroldo citou o exemplo da Seaerj que, no início desse mês, firmou parceria com a ONU para divulgação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável previstos na Agenda 2030.
A SEAERJ assinou convênio, em dia 10 de agosto com as Nações Unidas e passou a ser parceira na divulgação desses objetivos de desenvolvimento sustentável junto aos municípios e órgãos públicos do Estado. É importante que a sociedade se una no
cumprimento desses objetivos. Esse trabalho que está sendo proposto aqui é de extrema importância. Vamos participar mais na defesa da nossa qualidade de vida” – afirmou o presidente da SEAERJ.
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