Tecnologia e Sustentabilidade
O presidente da SEAERJ, Haroldo Mattos de Lemos, ministrou, na última quarta-feira (13/12) palestra sobre o tema “Tecnologia e Sustentabilidade” . A abertura coube à arquiteta Marguerita Abdalla, Diretora Administrativa, que enalteceu o sucesso da Semana da Engenharia e Arquitetura promovida pela entidade. Haroldo Mattos deu início à palestra abordando a explosão populacional nos últimos 300 anos, quando passamos de 800 milhões para mais de 7 bilhões e meio de habitantes. Este crescimento extraordinário foi possível porque a humanidade, que dependia da energia solar, aprendeu a usar a energia dos combustíveis fósseis, começando com o carvão mineral, energia esta relativamente abundante e barata. mundial.
Lembrou a todos que foi James Watt, em 1776, que aperfeiçoou a máquina a vapor movida a carvão mineral e possibilitou o surgimento da Primeira Revolução Industrial, e que temos preservadas aqui na SEAERJ duas máquinas a vapor, produzida por James Watt em Londres em 1862 e aqui instaladas em 1864 a mando do Imperador Pedro II.
Para introduzir a “quarta revolução industrial, o palestrante discorreu sobre as revoluções industriais já ocorridas e a evolução advinda das mesmas, como aumento da expectativa de vida, redução da mortalidade infantil e aumento da produtividade e da renda média das pessoas.
A Quarta Revolução Industial (também chamada “indústria 4.0”) traz avanços tecnológicos importantes, como a nanotecnologia, a Internet das Coisas, impressora 3D e o grafeno. Mas alguns fatores dificultam esta nova revolução industrial, como a o grande endividamento dos governos após a crise de 2008, a degradação ambiental, as mudanças climáticas e a queda na produtividade.
Segundo o presidente da SEAERJ, ninguém pode prever o futuro, embora a projeção seja preocupante. A previsão é que de 70 a 80% dos empregos como hoje conhecemos não vão mais existir daqui a 20 anos. Os empregos novos não serão capazes de suprir os perdidos. Já se discute uma “Renda Básica da Cidadania” para compensar o desemprego tecnológico. Para Haroldo Mattos de Lemos, o Brasil é um país de grande importância para o futuro, pois ainda produzimos bem mais do que consumimos, o que nos permite exportar soja, frango, carne de boi, minérios, etc… É importante manter a nossa biocapacidade produtiva maior que a nossa “pegada ecológica” para continuarmos exportando no futuro. Antes, a humanidade praticava a economia linear: extrair, produzir, usar e descartar. A economia circular é uma resposta ao problema de escassez que enfrentamos hoje: extrair, produzir, usar e reciclar.
Ao final da palestra, Haroldo Mattos de Lemos respondeu as perguntas e foi surpreendido pela presença de dois ex-alunos de pós-graduação que tinham sido informados sobre a palestra. A plateia aplaudiu e foi unânime em pedir por eventos como os da Semana da Engenharia e Arquitetura.
Fotos do Evento
Apresentação
Acesse abaixo a apresentação exibida na palestra.