Painel: Importância da engenharia e arquitetura na atual conjuntura
No encerramento da Semana de Engenharia e Arquitetura, a SEAERJ recebeu como palestrantes o presidente do Clube da Engenharia, Eng° Pedro Celestino, e a Vice-presidente de Relações Socioculturais do IAB-RJ, Arqª Ceça Guimaraens. Os dois foram recepcionados pelo presidente da entidade, Haroldo Mattos de Lemos, que agradeceu a todos pelo sucesso dos eventos da semana comemorativa.
Pedro Celestino discorreu sobre a importância da engenharia pública no decorrer dos anos. Lembrou que a chegada do concreto armado nos anos 20 permitiu que houvesse um desenvolvimento, mesmo que tardio. Casas de pedra e ruas de areal foram substituídas e a participação da engenharia nesse momento, segundo ele, foi imprescindível. A partir daí, as obras públicas e a demanda por mobilidade urbana cresceram. Pedro citou alguns governantes como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas e suas contextualizações históricas. Para Pedro, um projeto ruim resultará necessariamente em uma obra ruim, usando como exemplo as obras da ponte Rio Niterói e da Autoestrada Lagoa Barra.
Já Ceça, mostrou como a cidade sempre foi a configuração da vida cotidiana. E usou como exemplo os projetos e elucidações de Lucio Costa. Para ela, a cidade está dentro dos prédios, em um sentido estrutural. Citou autores da literatura e afirmou que a arquitetura, em sua essência, tem o atributo da inovação. Segundo ela, o desafio dos engenheiros e arquitetos hoje é superar a desigualdade na infraestrutura e ao provimento generalizado de serviços públicos. E, se bem-sucedido, tal desafio daria chance à população de ter condições de vida saudáveis e de trabalho, além da mobilidade garantida.
A arquitetura moderna, segundo ela, estabeleceu os próprios fundamentos formais, políticos e éticos, representando a ideia fundamental do modernismo, ou seja, a relação intrínseca da função versus forma.
Para encerrar, Ceça mostrou como os aspectos transformadores do contexto da arquitetura reafirmam a “horizontalidade” do planeta Terra. Citou o exemplo dos refugiados, com as equipes do Médicos sem Fronteiras denunciando a “péssima” arquitetura dos locais em que eles vivem. Além disso, defendeu a ideia de que não existe mais a certeza de “um mundo”, mas sim, as verdades de “todos os mundos”.
Apresentação
Veja abaixo as apresentação exibida durante a palestra.