Palestra Aborda Importância do Abastecimento de Água na Visão do Corpo de Bombeiros
O engenheiro e arquiteto Luiz Carlos de Abreu foi o palestrante e, após ser recebido na SEAERJ por seu presidente, Haroldo Mattos de Lemos, falou aos presentes sobre o abastecimento de água sob a ótica do Corpo de Bombeiros.
Há 12 anos trabalhando no Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Luiz de Abreu teve contato com diversas situações e mostrou um histórico envolvendo o uso de água em incêndios e os decretos sobre a atuação da corporação criados no decorrer do tempo.
Ele lembrou que a água utilizada pelos bombeiros em um combate a incêndios era retirada de hidrantes nas ruas. “Houve um tempo em que ao se construir edificações era obrigatório por lei que se instalasse um hidrante em frente. Mas, na prática, muitos burlavam a lei e instalavam hidrantes sem conexão com a tubulação. Ou seja, hidrantes sem água disponível para uso dos bombeiros”, explicou.
Com o tempo, veio a indagação: “de onde vamos tirar água na hora H, pois a CEDAE alegava que não era prioridade instalar hidrantes na cidade”. Por isso, ele, com a ajuda de mais dois colegas bombeiros, decidiu criar o código de segurança de uso do corpo de bombeiros em vigor até hoje.
Outro tópico citado por ele foi o uso de escadas de incêndio com portas corta-fogo. “Em 1963, foi promulgada uma lei que obrigava as construções a erguerem essas escadas. Isso porque no ano anterior, um incêndio atingiu um hotel e a falta de uma escada desse tipo aumentou o número de vítimas fatais. E apesar de muitos reclamarem sobre o encarecimento das obras, na prática, não fazia diferença”, disse.
Para encerrar, o palestrante levantou o questionamento das coincidências estabelecidas entre o período de maior índice de incêndios, com o período em que a conta de luz está mais elevada. Os maiores incêndios ocorridos em São Paulo e no Rio de Janeiro foram no verão, mesmo período em que a conta de luz de boa parte da população fica mais cara.
Luiz Carlos prometeu voltar à SEAERJ para esclarecer melhor sobre como é possível solucionar o problema da falta de água em um combate a incêndio. “Pois mesmo com o aumento de número de salvamentos em acidentes diversos, a tarefa de combate a incêndios ainda é prejudicada”. Ele respondeu dúvidas da plateia e recebeu seu certificado pelas mãos do diretor técnico da SEAERJ, Sinval de Oliveira.
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