Candidato Pedro Fernandes Apresenta Propostas
Candidato Pedro Fernandes Apresenta Propostas para o Governo do Estado a Associados da SEAERJ
O candidato ao governo do Estado, Pedro Fernandes (PDT), ao se apresentar na última terça-feira (11), no auditório da SEAERJ, reafirmou seu compromisso de acabar com os postos de vistoria do Detran. Pedro Fernandes participou do projeto “SEAERJ no Debate – Eleições para Governador”, promovido pela entidade, com o objetivo de conhecer as propostas dos candidatos a governador a fim de esclarecerem melhor seus associados e, dessa forma, ajudá-los na escolha do seu voto. Na opinião do candidato, esse modificação no funcionamento do Detran é um ponto importante no projeto maior de sua administração, de ataque à corrupção.
“Um dos nossos desafios é implementar uma gestão profissional, que combata a corrupção. Por isso, no primeiro dia de governo, eu vou acabar com todos os postos de vistoria do Detran. Não só para acabar com essa burocracia excessiva e desnecessária, que só o Estado do Rio tem, mas também, para acabar com um dos grandes centros de corrupção do Estado”, explicou.
O candidato acredita que essa primeira medida irá produzir uma economia que permitirá ao Estado investir em mais escolas.
“Esses postos de vistoria do Detran custam ao Estado cerca de R$ 200 milhões, ao ano, para mantêlos. Com esse valor economizado, teremos condições de implementar em 500 escolas estaduais já existentes, o horário de tempo integral. Precisamos retomar a política desenvolvida nos CIEPs, que depois do governo de Leonel Brizola, nenhum outro governante priorizou”, destacou.
Pedro agradeceu o convite da SEAERJ para expor suas propostas, ressaltando a importância da entidade e, afirmando que conta com a SEAERJ no trabalho que pretende implantar, de combate à corrupção nas contratações de obras públicas.
“Sem dúvida alguma, a SEAERJ será uma grande parceira para que a gente possa realizar um trabalho de qualificação, mas, principalmente, na fiscalização e execução das obras públicas do Estado, pois se trata de um desafio. O que acompanhamos nas delações da Lava-jato, é que as obras públicas têm sido um grande antro de corrupção e de extorsão. É um câncer que existe no Brasil, mas, em especial, no Estado do Rio de Janeiro, o qual precisa ser cortado pela raiz o mais rápido possível. E a melhor forma de fazer isso, além de mudar a legislação, é buscar a sociedade civil para participar desse processo”, afirmou.
A crise financeira do Estado também foi abordada pelo candidato, que disse que não falta dinheiro nos cofres estaduais.
“É importante que as pessoas saibam que o problema do Estado não é falta de dinheiro, mas sim, falta de gestão, de estabelecer prioridades e combater a corrupção. Com isso, certamente, sobrará dinheiro para retomar as obras e avançar na saúde, segurança, educação e geração de empregos”, avaliou.
Pedro Fernandes Visitando a antiga Sala de Máquinas na SEAERJ
Veja outras propostas apresentadas pelo candidato Pedro Fernandes:
VIOLÊNCIA
“Hoje temos uma explosão da criminalidade, com mais de seis mil assassinatos e, principalmente, temos apenas 2% de elucidação de crimes, o que nos faz concluir que no Estado do Rio de Janeiro o crime compensa.
INVESTIMENTO NA SEGURANÇA
“Precisamos avançar na segurança pública, para que possamos voltar a andar com tranquilidade nas ruas. É preciso desenvolver uma política de reposição do efetivo, pois perdemos cerca de 1.500 PMs e mil policiais civis todos os anos. Temos que dar condições de trabalho, porque o PM não tem armamento nem colete próprio, além de ter que ficar empurrando viatura para fazer o patrulhamento. As delegacias não têm uma folha de papel A4 para fazer o registro da ocorrência, sem falar, que o sistema quase nunca está no ar. Temos que dar condições de trabalho, mas, principalmente, investir em inteligência e tecnologia, áreas em que o Rio de Janeiro gasta, apenas, 0,03% do orçamento da segurança pública. É por isso que não conseguimos fazer o monitoramento com câmeras e softwares de reconhecimento facial, como forma de inibir os arrastões, os roubos aos transeuntes, de carros e cargas, que um drama que o Estado enfrenta’.
PARCERIA COM O GOVERNO FEDERAL
“Sou totalmente contra a intervenção federal, mas entendo a necessidade da integração e da manutenção das tropas. Quanto mais ajuda vier para vencermos essa luta contra o crime organizado, será efetivamente importante. Mas precisamos avançar para inibir a entrada de drogas e armas, porque o Estado não fabrica armas e não produz o insumo das drogas. É inadmissível que nem o Governo Federal, nem o estadual não tenham capacidade de reduzir a entrada de drogas e armas. Vamos implementar os scanners em todas as barreiras fiscais. Hoje, esse serviço só é realizado na barreira de Itatiaia. Além disso, pretendemos fazer, pelo menos, mais cinco barreiras móveis, porque também poderemos avançar no combate ao contrabando e à sonegação fiscal. Só nesses dois últimos, o Rio deixa de arrecadar mais de R$35 bilhões por ano”.
SAÚDE
“Garanto a vocês que não falta dinheiro para a saúde. É claro que temos que garantir o mínimo de 12% de investimentos, mas o que falta na saúde é gestão. Fui presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, fizemos uma grande auditoria, quando conseguimos uma economia de mais de R$100 milhões, só cortando contratos superfaturados e gastos desnecessários. Além disso, no ano passado, promovemos a apreensão de mais de mil toneladas de medicamentos com validade vencida. Isso mostra a incapacidade de gestão na distribuição logística, no armazenamento e no controle, para evitar que esses remédios perdessem a validade e tivessem que ser incinerados. Enquanto as pessoas morrem nos hospitais por não terem acesso aos medicamentos, uma prótese ou uma cirurgia, esses remédios perdem a validade por incapacidade de gestão “.
ATENDIMENTO POR VIDEOCONFERÊNCIA
“É totalmente possível reverter esse processo, aumentando o número de consultas por especialistas. Existe um projeto já montado no Hospital Pedro Ernesto, para realização de videoconferências com todas as UPAs, hospitais e unidades de saúde, que podem ser estendidas para os demais municípios. Quando um médico receber um paciente em uma UPA ou unidade médica, que necessite de uma atenção diferenciada por um médico especialista, em vez de deslocar o médico para aquela unidade, poderá ser acionada a videoconferência, para que esse especialista oriente o clínico geral no diagnóstico e tratamento mais adequado para esse paciente”.
EDUCAÇÃO
“A educação, certamente, será prioridade, porque acreditamos que, retomar o projeto de escola em tempo integral, os Brizolões, os CIEPs, é o caminho para que tenhamos a oportunidade de reter o aluno na escola. Hoje, 83% dos jovens menores infratores, que deram entrada no Degase, abandonaram a escola. Essa é a maior prova de que, por meio da educação, poderemos contribuir, muito, no combate à violência no Estado do Rio de Janeiro. Darcy Ribeiro já dizia, lá na década de 80, que se não investisse em escola, os governantes não teriam dinheiro para construir tantos presídios. Precisamos gerar mais oportunidades, fazer uma escola mais atrativa, com atividades esportivas, culturais, com reforço escolar, atendimento médico e odontológico. Podemos fazer parceria com a Faetec, para que esses alunos possam se qualificar profissionalmente, para que, quando saírem da escola, tenham uma chance muito maior de entrar no mercado de trabalho”.
POLÍTICA DE AUSTERIDADE
“Nosso projeto prevê uma política de austeridade muito séria. O Estado gasta R$3,3 bilhões com contratação terceirizada e cargos comissionados. O Rio de Janeiro tem 1.300 cargos comissionados a mais que o Estado de São Paulo, que arrecada três vezes o PIB do Rio de Janeiro. Gastamos R$80 milhões para manter prédios alugados, totalmente desnecessários, como por exemplo, o prédio do Detran, na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. O imóvel custa mais de R$30 milhões por ano, entre aluguel e condomínio, quando, a 300 metros dali, o Estado possui um prédio na Central do Brasil, totalmente ocioso, que poderia abrigar o Detran a custo zero. O prédio da Secretaria de Obras custa R$3,5 milhões por ano, enquanto que o prédio do Detro, custa R$4,5 milhões por ano.”
Pedro Fernandes visita e apresenta as suas propostas aos associados da SEAERJ
2 Comentários
Bom dia senhor deputado Pedro Fernandes tenho uma casa na baixada, aonde não tenho o mínimo para a sobrevivência, que é saneamento básico e iluminação Pública!
Gostaria de saber se o senhor como governador irá dar atenção a problemas como esse na baixada!?
Grata,
Dionar Rodrigues
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