Panorama de Energias Renováveis no Brasil
A SEAERJ recebeu na última terça-feira (02/10) o engenheiro Luiz Paulo Canedo para ministrar palestra sobre o panorama das energias renováveis no país.
O palestrante iniciou sua apresentação contextualizando o cenário inicial e a mudança de paradigmas. Durante a revolução industrial no final do século XVIII o mundo viu a revolução energética surgir. A humanidade experimentava uma manufatura acentuada, com novos polos industriais e urbanização crescente e seus impactos. Para suprir a energia da revolução foram buscadas novas fontes e recursos.
Logo a China aparece como crescente gerador de energia. Em princípio sua geração era extremamente poluente, no entanto atualmente o país é primeiro no ranking de sustentabilidade. A evolução mundial no quadro das energias renováveis mostra a China disparada em crescimento seguida pelos EUA. Já o Brasil aparece como um dos maiores em geração de energia solar fotovoltaica. Esse mercado vem crescendo e a estimativa para 2022 é de 167 GW gerados. O investimento global em energia fotovoltaica é de 161 bilhões de dólares e o de energia eólica é de 107 bilhões. O setor de energia renovável emprega quase 10 milhões de pessoas pelo mundo.
No Brasil temos dois grandes mercados, o centralizado e o distribuído. O centralizado se conecta ao sistema interligado nacional. Já o distribuído às redes de distribuidoras, geralmente de porte menor. Luiz Paulo exibiu exemplos e citou o projeto realizado na favela da Maré com as placas solares implantadas. Para ele, o Brasil tem vocação para gerar energias renováveis.
“Temos recurso eólico da melhor qualidade, ventos bons, bem melhores que na europa por exemplo”
A maior produção de hidro energia é realizada no Brasil, além de biomassa. Fatores como clima favorável, fontes naturais, produção agrícola e poucas áreas desérticas auxiliam o país a produzir tais energias. Alguns estudos realizados por entidades confirmam que o crescimento das energias renováveis vai continuar. No entanto gráficos mostram um aspecto diferenciado: Nem todas as gerações de energia estão aderentes a curva de carga. Falta energia a ser disparada no período de ponta. Com a capacidade limitada de termoelétricas e de hidrelétricas, o buraco na ponta deve ser preenchido com outras fontes. O Brasil precisa criar alternativas e Luiz Paulo citou algumas possibilidades: Hidrelétricas reversíveis, térmicas de acionamento rápido ou sistemas híbridos de baterias.
Para encerrar, o palestrante abordou algumas medidas governamentais que podem ser tomadas como auxilio ao crescimento de geração de energias no país. Esclareceu duvidas da plateia e recebeu o certificado de reconhecimento do presidente da SEAERJ Haroldo Mattos de Lemos.