Semana da Engenharia e Arquitetura 2018
Seaerj realiza sessão solene em homenagem à Semana da Engenharia e Arquitetura
Em sessão solene, realizada na manhã de terça-feira, dia 11, a SEAERJ homenageou o engenheiro Luiz Paulo Correa da Rocha e a arquiteta Maria Isabel de Vasconcelos Porto Tostes, que receberam diploma de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à engenharia e à arquitetura públicas. A solenidade aconteceu durante as comemorações pelo Dia do Engenheiro, comemorado em 11 de dezembro, e pelo Dia do Arquiteto, 15 de dezembro.
A mesa de honra foi composta por: Haroldo Mattos de Lemos, presidente da SEAERJ; Alberto Balassiano, vice-presidente da SEAERJ; deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha; Maria Isabel de Vasconcelos Porto Tostes, presidente em exercício do CAU-RJ; Jorge Luiz Ferreira Briard, presidente da Cedae; Pedro da Luz Moreira, presidente do IAB-RJ; Pedro Celestino da Silva Pereira Filho, presidente do Clube de Engenharia; e Luiz Felipe Pupe de Miranda, presidente do Centro Cultural da SEAERJ e diretor geral da Mútua.
O Coral da SEAERJ, sob a regência do maestro Marcos Cardoso, abriu a cerimônia, apresentando clássicos da MPB, seguida de canções natalinas.
O presidente SEAERJ, Haroldo Mattos de Lemos, saudou os presentes, destacando a importância da engenharia e da arquitetura para o desenvolvimento do país. Ele chamou a atenção sobre a necessidade de investimento na educação, citando os exemplos da Coreia do Sul, Finlândia e China.
“A Coreia do Sul tem renda per capita de 30 mil dólares, enquanto no Brasil é de 11 mil dólares. Esse êxito se deve, entre outros fatores, a maciços investimentos na educação. O analfabetismo foi combatido e a eficiência foi alcançada. Na Finlândia, o salário dos professores é maior que o salário dos políticos. Isso é respeito à educação. A China, nos últimos anos, investiu muito na educação e hoje tem universidades de excelência”, destacou.
Para Haroldo Mattos de Lemos, a SEAERJ está atenta a essas mudanças que vêm ocorrendo no mundo que, nas próximas três décadas, segundo ele, serão maiores que as ocorridas nos últimos três séculos.
“A SEAERJ está atenta a essas mudanças e, junto com as demais entidades que reúnem engenheiros, arquitetos e carreiras afins, será palco para discussões e debates sobre essas questões, com o objetivo de promover o aperfeiçoamento técnico de seus profissionais, como forma de contribuir para o desenvolvimento do país”, afirmou.
O presidente do CC SEAERJ, Luis Felipe Pupe de Miranda, lembrou a atuação do Centro Cultural na preservação da memória das obras e desenvolvimento do município e do Estado do Rio de Janeiro.
“A função do Centro Cultural é lembrar sempre que o país andou, se desenvolveu a partir da atuação dos nossos profissionais. Não podemos esquecer que o desenvolvimento só virá com a participação da Engenharia e da Arquitetura. Temos que manter a importância dessas profissões”, considerou.
O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino da Silva Pereira Filho, avaliou que a saída é o fortalecimento das instituições que representam a classe, em especial, a SEAERJ, que representa a engenharia e arquitetura públicas.
“Por maior que seja a crise, a solução sempre vai passar pelo desenvolvimento. Por isso, o fortalecimento da SEAERJ é essencial para o desenvolvimento de projetos voltados para superarmos essa crise e para que esse país viva dias melhores”, disse.
O presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz Moreira, também fez coro com Pedro Celestino, concordando que a saída para enfrentar a crise é valorizar as instituições que atuam na defesa da engenharia e arquitetura.
“É importante a gente pensar qual cidade nós queremos para o futuro. É chegado o momento de pensarmos em um desenvolvimento inclusivo, considerando a totalidade da população do país. Que seja um desenvolvimento de coesão social. A sociedade brasileira precisa de entidades como a SEAERJ e o IAB”, avaliou.
A arquiteta Maria Isabel de Vasconcelos Porto Tostes agradeceu a homenagem da SEAERJ e aproveitou para chamar a atenção em relação à assistência às comunidades das favelas do Rio de Janeiro.
“Agradeço, de coração, com muito orgulho a homenagem que recebo da SEAERJ. Faço questão de registrar, também, a presença do presidente do CAU, Jeferson Salazar, que mesmo licenciado, fez um esforço enorme para prestigiar essa cerimônia. Por fim, quero aproveitar para chamar a atenção para a questão da assistência técnica, que, na minha avaliação, é um dos principais problemas de nossas favelas que se encontram totalmente desassistidas”, frisou.
O presidente da Cedae, Jorge Luiz Ferreira Briard, também ressaltou a importância do engenheiro e do arquiteto no desenvolvimento do país. Ele condenou o fato dos recentes escândalos em obras públicas comandadas por empreiteiras ter colocado todos os gestores públicos como suspeitos ou incompetentes.
“Temos que destacar o papel do engenheiro na condução de empresas que fazem grande obras para a população. Por isso, temos que estar atentos na avaliação de como caminha a engenharia e a arquitetura pública do país. Está se criando a falsa ideia de que todos os gestores públicos estão na mesma condição daqueles acusados ou condenados nos escândalos. A gente precisa da SEAERJ e de outras instituições para defender o bom gestor público no país”, afirmou.
O deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha, também homenageado, lembrou o fato dos concursos públicos perderem espaço nos últimos anos, em favor da terceirização. Para ele, não por acaso, a partir daí, o processo de corrupção nas obras públicas cresceu.
“Ao longo dos anos, um processo intenso de diminuição dos concursos públicos e de terceirização foi se verificando e, com isso, a engenharia pública começou a perder espaço. E, curiosamente, o processo de corrupção cresceu gradativamente no país”, considerou.
O deputado defendeu a qualificação dos profissionais e considerou que a SEAERJ tem papel fundamental nesse processo para retomada do desenvolvimento.
“Se queremos novamente ter desenvolvimento social, temos que melhorar nossas estruturas. E para isso, a engenharia e a arquitetura públicas têm que caminhar juntas, não somente na luta salarial, mas também pela qualificação dos seus profissionais e na realização de mais concursos públicos. Esse é o papel da SEAERJ e de todas as outras instituições da classe. Aproveito, também, para defender a Cedae pública. É uma luta que vai persistir e vamos continuar defendendo na Alerj, pois essa é uma luta da engenharia pública”, afirmou.