SEAERJ envia ofício ao prefeito do Rio solicitando revogação do retorno das atividades

No início do mês de dezembro, a SEAERJ encaminhou ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella um ofício contrário ao retorno das atividades dos servidores públicos em decorrência da portaria “N” CVL/SUBSC/CGRH n°13, No dia 10 de novembro, determinando o retorno das atividades presenciais dos servidores públicos.

A medida da SEAERJ explícita preocupação com a segurança dos servidores e da população em um momento de aumento drástico de casos da Covid-19. As unidades públicas e privadas de saúde estão com sua capacidade máxima de atendimento e mesmo sendo determinado retorno seguro, na prática não é o que está acontecendo. A entidade também destaca que o trabalho remoto funcionou muito bem e as tarefas rotineiras poderiam continuar sendo realizadas dessa forma sem prejuízos.

Outro ponto destacado é a falta de adaptação dos espaços de trabalho à nova realidade em tempos de pandemia. Os funcionários pertencentes ao grupo de risco precisam ser poupados para melhor controlar a propagação do vírus. Tendo dito isso, a SEAERJ preparou uma série de propostas a serem levadas em consideração pelo prefeito.

Dentre as propostas, destacamos como as mais importantes e essenciais: o controle de acesso às unidades com quiosques de orientação e checagem de temperatura, controle do uso dos elevadores, horários flexíveis para evitar aglomerações e estratégias de comunicação ao público sobre os serviços prestados durante a pandemia e conscientização. Quanto às condições de higiene, as propostas incluem uso obrigatório de máscaras com troca periódica de acordo com o tempo de uso. Também pediu a disponibilização de sabonete líquido e álcool 70 em quantidade suficiente para todos. Limpeza e higienização de aparelhos de ar condicionado e áreas comuns, e proporcionar ambientes arejados e abertos. Disponibilização de EPIS (Equipamento de proteção individual) para os funcionários. E o mais importante, testagem de funcionários. Quanto aos equipamentos necessários, a manutenção de aparelhos eletrônicos e instalação de wifi em setores técnicos. O aperfeiçoamento dos sistemas virtuais também foi indicado como imprescindível para melhor funcionamento dos serviços. Além de oferecer agilidade nas plataformas online e assinaturas virtuais. Outro ponto de destaque foi quanto ao transporte público que vem sendo um grande problema no retorno às atividades presenciais. É importante lembrar que muitos possuem filhos e sem a escola em funcionamento precisam estar com os mesmos.

Diante desse cenário, a SEAERJ pede que o retorno das atividades seja reavaliado com cautela. Até mesmo porque o rendimento presencial pode ser afetado devido às questões apresentadas acima. Um retorno sem planejamento e medidas preventivas pode contribuir para o crescimento do contágio do coronavírus e prejudicar ainda mais o sistema de saúde do município.

A carta foi assinada pelo presidente da entidade Alberto Balassiano e está na íntegra AQUI.