
Folha de São Paulo destaca a realidade do serviço público no mundo
O Jornal Folha de São Paulo publicou dados sobre o serviço público em escala internacional no último domingo (30). Diferente do que se pensa, não há excesso de pessoas na máquina pública brasileira, isso é um mito.
Dos 91 milhões de trabalhadores brasileiros, 11,3 milhões estão atuando no setor público com diferentes tipos de contratação. Ou seja, os servidores públicos representam apenas 12,45% do total. O número é parecido com o do México, onde 12,24% atuam no serviço público. Mas é menor que o dos Estados Unidos. O país que é referência global de valorização da iniciativa privada tem 13,55% dos trabalhadores no setor público.
A matéria destaca que o efetivo brasileiro está bem atrás das nações que optaram pelo Estado de bem-estar social na Europa: os servidores representam 30,22% dos trabalhadores na Dinamarca, e 29,28% na Suécia. Na média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os funcionários públicos são 23,48% do total de trabalhadores.
De acordo com o pesquisador, Félix Lopez entrevistado pela Folha, um dos coordenadores do Atlas do Estado Brasileiro, professores, médicos e enfermeiros ocupam 40% do total do funcionalismo municipal. “A expansão foi conectada à demanda da sociedade, ou da Constituição, como queiram nomear, mas o fato é que foi feita para atender à população”.
Ainda assim, há deficiências nas áreas que exigem mais qualificação.
Importante destaque da reportagem são as denúncias feitas por servidores que por terem estabilidade levaram adiante grandes esquemas de corrupção e o caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira que foi amplamente repercutido na mídia.
É necessário ressaltar sempre que possível que o serviço público é essencial para garantir a dignidade da população. Muito foi feito durante a pandemia quando ficou evidente a atuação dos profissionais da saúde e do SUS. Os professores se desdobraram para reaprender sua forma de ensinar com os desafios da educação à distância, mas nada disso pode ser esquecido.
A Seaerj reforça todo seu apoio à luta dos servidores municipais e estaduais do Rio de Janeiro. O funcionalismo é necessário e precisa ser valorizado.
A matéria completa esta disponivel no site: