Presidente da Rio Águas participa de Reunião do Conselho Diretor da Seaerj
O presidente da Fundação Instituto das Águas do Município do Rio de Janeiro (Rio-Águas) Wanderson dos Santos participou da 7ª Reunião do Conselho Diretor da Seaerj a fim de debater a distribuição de água e esgoto da zona oeste do Rio de Janeiro. A presidente da entidade, Isabel Tostes, deu início à conversa e firmou um encontro com a equipe de Wanderson para estabelecer medidas favoráveis à sociedade, com a ajuda da Seaerj. Logo após, passou a palavra ao mediador, engenheiro Sinval Filho.
Para dar início, Wanderson contou como foi seu encontro com a Seaerj logo após terminar a faculdade e reafirmou a importância da casa, desde aquele momento. “A gente precisa ter esse movimento de fortalecimento da Seaerj. Assim que eu cheguei como engenheiro concursado, um amigo me indicou a Seaerj e disse ‘esse lugar vai fazer de tudo por você, vão cuidar de você’ e é exatamente isso, integrando todos os fóruns e defendendo os interesses dos servidores”, afirmou.
Ele ainda ressaltou que o funcionalismo público é de suma importância para a sociedade e que no momento o serviço não é bem valorizado e incentivado pelas partes competentes, e firmou parceria com a Seaerj por essa melhoria.
Para abordar o tema de saneamento, o presidente da Rio Águas relembrou que a situação da cidade é precária e como técnico sente que só unindo esforços seria possível reverter esse quadro. Sendo uma concessão ou privatização, as condições não são boas e são décadas de atraso em relação a coleta e tratamento de esgoto e, ainda, a insuficiência de abastecimento de água que atinge boa parte da cidade há tempos. Em uma cidade referência em redes de esgoto no passado, na época de D. Pedro, esse atraso e ineficiência causam questionamentos e tristeza diante do descaso. A Seaerj se orgulha de abrigar e preservar a primeira casa de máquinas de esgoto da cidade, projetada por James Watt a pedido do imperador do Brasil.
Além disso, Wanderson exibiu uma apresentação com a qual indicou a experiência das concessões pela Rio Águas como entidade reguladora, sobre a região da zona oeste em que o poder concedente é o município. A instituição tem 23 anos de existência e foi responsável por cuidar da drenagem e manejo de águas pluviais da cidade, e sempre enfrentou desafios diante do esgotamento sanitário precário. O Rio de Janeiro foi a terceira cidade do mundo a ser dotada de sistema de esgotos e recapitulando sua história podemos identificar os momentos de evolução e mudanças em órgãos e estratégias. Um momento em específico foi a criação da SURSAN, que abrigou e criou grandes técnicos da área, sendo de grande importância no cenário nacional até hoje. Dentre os avanços sanitários da cidade inclui-se o emissário submarino de Ipanema, e o Interceptor Oceânico na Av. Atlântica. Ao longo do tempo, em um período mais recente, temos a participação da prefeitura em projetos importantes pela cidade, como Projeto Favela Bairro, Rio Cidade entre outros. Em 2007 foi publicada a lei nacional do saneamento básico, que estabelece as diretrizes para o saneamento básico do país e melhora a definição da relação município-estado.
Hoje a atuação da Rio Águas se concentra na região AP-05, da zona oeste, através de um convênio com o estado. Além disso, participa de programas de urbanização da prefeitura, como o Projeto Bairro Maravilha, que leva rede de água, drenagem e esgotamento sanitário a bairros da zona norte e oeste.
O histórico das concessões no Rio inclui momentos de novas leis e termos diante da CEDAE, estado e município. A partir de 2007, a prefeitura recebeu a operação do esgotamento sanitário, e através da Rio Águas, começou-se a fazer de forma direta. A prefeitura assinou o contrato de Concessões de serviços de esgotamento em 2012 e tinha como objetivo a conclusão do processo de concessão da região AP-05 à iniciativa privada.
Sendo assim, a Fundação Rio Águas tem o dever de fiscalizar e regular os serviços concedidos, como agente regulador. Wanderson reiterou que a regulação precisa existir sempre, a concessão sendo pública ou privada, pois gera transparência, controle, maior eficiência de todas as partes envolvidas, e principalmente satisfação do usuário. Como a maioria dos órgãos de controle, a Fundação exerce papel primordial na realização dos serviços. Sobre a região AP-05, na zona oeste com uma população estimada em 1.800.000 habitantes e 483.542 domicílios, podemos ter uma noção do tamanho do desafio que é estabelecer um serviço de qualidade, em uma região carente de infra estrutura. Um dos maiores desafios é o investimento junto ao planejamento defasado. Segundo ele, precisamos começar certo, pois já estamos atrasados. E antes de tudo, ter em mente que é um planejamento a longo prazo.
O presidente da Rio Águas mostrou alguns dos serviços que a entidade participou, reiterando as dificuldades e detalhes de cada um e lembrando que tudo é um trabalho contínuo. Logo em seguida foi estabelecido um debate acerca das obras e realizações da cidade, junto aos participantes. A relação entre a Fundação e a Seaerj foi fortalecida e reforçada.
Para assistir na íntegra acesse: https://www.youtube.com/watch?v=CnFbThZUfrE