
Seaerj realiza Seminário sobre abastecimento de água na Região Metropolitana do Rio e Niterói
A Seaerj recebeu grandes nomes das áreas de saneamento e hídrica para a realização de um seminário sobre o reforço no abastecimento da região metropolitana dos municípios do Rio e de Niterói. Sob o comando e moderação do vice-presidente da casa, Francisco Filardi, o evento contou com a participação dos engenheiros: Carlos Eduardo Nascimento, Flavio Miguez e Isaac Volschan. Para debater um assunto de interesse público, os convidados se dividiram em três apresentações e expuseram detalhes de estudos e imagens.
Dando início, o mediador fez uma reflexão, e explicou a importância do projeto, que vem de longa data. Para ele, diante dos problemas encarados pelo Rio Grande do Sul trazem o assunto à tona, e pede que seja colocado em debate. Filardi agradeceu o apoio e idealização do evento ao colega Miguel Fernández, presidente do CREA-RJ e trouxe uma importante consideração sobre todo o cenário que o Rio encara.
O primeiro debatedor, Isaac Volschan, trouxe uma contextualização do projeto, e apresentou suas impressões sobre tal. Por estar anos no Departamento de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o palestrante possui uma visão mais ampla do cenário. Isaac trouxe observações de senso comum, como um diagnóstico da situação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ele trouxe comparações de mapas e de indicadores de abastecimento. Para ele, todos os investimentos feitos são voltados para a bacia hidrográfica, no entanto, deveria-se pensar em investimentos de engenharia para solucionar o caso do abastecimento da cidade.
Em seguida, Flavio Miguez deu sequência às explanações, e trouxe um prospecto de especificações estratégicas do Projeto Taquaril. Para ele, com o passar dos anos os estudos progrediram pouco, dentro do âmbito profissional. O abastecimento no Rio de Janeiro inicialmente era proveniente de diversos pequenos pontos da face sul da Serra do Mar. Segundo Flávio, crises aconteceram diante disso. O palestrante expôs registros em fotos de barragens e exemplos de captação. Ele encerrou sua explanação fazendo uma reflexão sobre as crises hídricas que o Rio já encarou, e pode encarar novamente. Assim como as questões enfrentadas em Porto Alegre. “É um acidente anunciado, de modo que a redundância é fundamental. Esse é o ponto principal que trago hoje”, disse ele.
Para encerrar as apresentações, o engenheiro Carlos Eduardo apresentou sua perspectiva acerca do Projeto Taquaril, que segundo ele, é de grande importância para a segurança hídrica do Rio de Janeiro. Carlos trouxe dados de estudos hidrológicos que fez para o projeto, a convite de seu idealizador, Miguel. No início, o projeto chamava-se Túnel Taquaril, e com o tempo foi se adaptando. Para ele, o projeto deve ser tocado para frente, já que depender do Guandu exclusivamente é perigoso. Com base nos dados, as estações fluviométricas estão localizadas em áreas hidrologicamente homogêneas.
O engenheiro Francisco Filardi comandou o debate que aconteceu após as explanações. Colegas presentes puderam fazer perguntas e adicionar pontos de vista sobre o assunto. Nas observações finais, Miguez reiterou que além do projeto hidrológico, algumas considerações energéticas precisam ser avaliadas e consideradas dentro de sua complexidade. Os engenheiros puderam dividir ideias com os presentes, e discutir possíveis soluções para o tema.
Confira o evento na íntegra no Canal da Seaerj no YouTube.