SEAERJ realiza debate sobre implementação de práticas hídricas no Rio de Janeiro
A SEAERJ recebeu o evento “Debate: Rio, Cidade Esponja – Um sonho Possível?” que ocorreu no dia 07 de agosto na sede da entidade e reuniu associados e profissionais da área para discutir um tema de grande relevância: as mudanças climáticas e seus impactos na cidade do Rio de Janeiro.
Os palestrantes convidados incluíram a professora Cecília Herzog, cujo trabalho é reconhecido na área de urbanismo e sustentabilidade; João Pedro Rocha, representante do Coletivo Nossa Horta, que tem um foco no desenvolvimento comunitário e na agricultura urbana; e Wanderson José dos Santos, presidente da Rio Águas, que trouxe uma perspectiva institucional sobre a gestão dos recursos hídricos na capital fluminense. O debate foi mediado pelo Diretor técnico da SEAERJ, Celso Junius.
Durante suas apresentações, os palestrantes exploraram o conceito de “cidades esponja”, uma abordagem que visa desenvolver áreas urbanas capazes de absorver e reter água das chuvas, minimizando alagamentos e contribuindo para a resiliência urbana. As discussões abordaram também como essas soluções poderiam ser implementadas no Rio de Janeiro, considerando suas particularidades geográficas e sociais.
O debate foi uma oportunidade valiosa para reflexões sobre o futuro da cidade e as estratégias necessárias para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, ressaltando a importância de ações integradas entre a sociedade civil, o poder público e as instituições de ensino e pesquisa.
Diante das mudanças climáticas, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) são fundamentais para as cidades, especialmente com as características do Rio de Janeiro. A Lagoa da Tijuca, a Avenida Francisco Bicalho e o Rio Trapicheiros foram citados como regiões que poderiam ser utilizados como modelo para implantação de projetos de com pensamento sistêmico e de múltiplas funções a serem replicados na cidade do Rio.
A Fundação Rio Águas vem utilizando este conceito, tendo elaborado um catálogo com SBN e realizado ações em diversos locais como o Jardim Maravilha. Além disso, tem procurado investir no uso sustentável das faixas marginais de proteção dos corpos hídricos como estratégia de recuperação e manutenção dos mesmos. Um dos principais desafios encontrados têm sido encontrar fontes de financiamento para este tipo de iniciativa.
Outra estratégia de ação para contribuir para transformas o Rio em “Cidade Esponja” é valorizar a agricultura urbana. Nesse sentido, hortas comunitárias modelo tem sido implantadas pelo Coletivo Nossa Horta, utilizando a técnica ancestral do canteiro “Buraco de Fechadura”. Essa experiência vem sendo utilizada como técnica de produção de alimentos, aumento da biodiversidade e conexão do ser humano com a natureza.
Confira no canal da Seaerj no YouTube a transmissão completa do debate